Gripe: o que é, sintomas, tipos, tratamento e vacinação

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O que é gripe?

A gripe é uma infecção respiratória causada pelo vírus influenza que pode provocar inúmeros sintomas como tosse, febre alta, dor de garganta, dores musculares e coriza, isso variando de pessoa para pessoa.

Por mais que a gripe seja considerada uma doença comum, para alguns grupos de risco ela pode trazer graves prejuízos como para crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com algum tipo de doença crônica.

Mas… é gripe ou resfriado?

Essa é uma dúvida bastante comum tendo em vista os sintomas apresentados serem bastante similares, mas, vamos esclarecer isso de uma vez por todas! Gripe e resfriado são doenças diferentes sendo que a gripe é causada pelo vírus Influenza e o resfriado o agente agressor é o Rinovírus. Enquanto a gripe tem duração de 7 a 10 dias, o resfriado dura de 2 a 4. A gripe causa febre alta e o resfriado a febre, quando surge, é baixa. Em se tratando de possíveis complicações, a gripe pode causar pneumonia e o resfriado, se não tratado corretamente pode acarretar otite, sinusite e bronquite.

Qual a diferença entre Gripe e Covid-19?

Tanto a gripe quanto o Covid-19 são doenças causadas por vírus, porém, possuem sintomas distintos e variações quanto à gravidade. No caso do Covid-19, os sintomas podem durar de 5 dias a várias semanas e causa febres acima de 38ºC. Além disso, diferentemente da gripe, o Covid-19 causa perda de paladar e do olfato. Por isso é fundamental que os sintomas sejam analisados para que o tratamento seja feito na medida correta para a redução dos sintomas.

Sintomas da Gripe

Em se tratando dos sintomas é possível observar seu aparecimento de 1 a 4 dias e a contaminação ocorre entre os seres humanos através de gotículas respiratórias que são geradas quando falamos, espirramos ou tossimos. Além dos sintomas comuns, a gripe também pode causar mal-estar e dor de cabeça.

Pessoas com doenças crônicas, como, por exemplo, doenças cardíacas, diabetes ou asma, são mais propensas a ter complicações causadas pela gripe e necessitam de cuidados especializados para que os sintomas possam ser controlados e paciente volte a ter uma boa qualidade de vida.

Tipos de Vírus da Gripe

De acordo com o Ministério da Saúde existem 4 tipos de vírus influenza, sendo eles o A, B, C e D sendo que o A e B são responsáveis por epidemias sazonais e que o A é o causador das grandes pandemias. O Tipo C é bastante leve e raramente encontrado e o D foi isolado nos Estados Unidos e não infecta mais humanos.

Se engana que acredita que existe apenas um tipo de gripe, pelo contrário. Por se tratar de um vírus com alto poder de mutação, é comum se encontrar diversos tipos como a Gripe Comum (H3N2), a Gripe Alérgica, a Gripe Aviária, Gripe do Tomate, Gripe Espanhola e ainda a Gripe Suína.

Variações de Gripe

Cada um dos tipos de gripe apresenta características individuais que precisam ser analisadas para que se possa fazer o diagnóstico correto e, consequentemente o tratamento também. No caso da Gripe comum, se trata de uma variação do vírus Influenza A e causa febre alta, dores de cabeça, cansaço excessivo e nariz entupido. Já, a gripe alérgica não é causada por vírus, como muitos pensam, mas sim, por contato a elementos que somos alérgicos, como pelo de animais e poeira. Nesse caso, os sintomas são nariz escorrendo ou entupido, bastante irritação na garganta e coceira nos olhos e nariz.

No caso da Gripe Aviária, se trata de uma doença também causada pelo vírus Influenza A porém, de certos tipos específicos como H5N1, H5N8, H7N9, H9N2, H10N3 e H3N8. Esse vírus contamina aves e, consequentemente, os humanos que convivem com aves infectadas ou se alimentam delas. A diferença é que o quadro de sintomas pode evoluir muito rápido causando maior risco de complicações. A Gripe Suína também deriva do vírus Influenza A só que, nesse caso é o H1N1. A contaminação e feita através do contato com o porco infectado e os sintomas podem surgir entre 3 e 5 dias.

A Gripe Espanhola foi uma pandemia também causada pelo Influenza A entre 1918 e 1920, levando a morte de mais de 50 milhões de pessoas e desapareceu em 1920. E, a Gripe do Tomate tem esse nome porque, atinge principalmente crianças e acaba deixando bolhas vermelhas e pequenas no corpo. Também causa febre alta, inchaço nas articulações e dores.

Para todos os tipos de gripe existe uma forma de diagnóstico, tratamento e prevenção.

Como Diagnosticar a Gripe?

Em se tratando do diagnóstico, é possível fazer uma análise dos sintomas e histórico de saúde do paciente. Além disso, existem exames laboratoriais que ajudam a identificar o vírus causador dos sintomas.

Em laboratórios qualificados, se encontra uma grande quantidade de exames laboratoriais que auxiliam o médico a diagnosticar a gripe, entre eles estão o Exame de detecção e caracterização do H1N1 / Influenza A, o Anticorpos IgG e IgM para Influenza A e para Influenza B e ainda o Anticorpos IgG e IgM Parainfluenza (tipos 1, 2, 3 e 4).

E o tratamento, como deve ser feito?

É fundamental que o paciente seja acompanhado por um clínico geral que fará a análise do quadro geral e poderá indicar medicamentos específicos para a redução dos sintomas. Alguns comumente usados são os analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos, ou seja, Ibuprofeno, Paracetamol ou Dipirona. Em caso de pessoas que se encontram no grupo de risco, alguns medicamentos antivirais também podem ser utilizados, como, por exemplo, o zanamivir e o oseltamivir.

Vale lembrar também que em pessoas saudáveis, é possível que os sintomas sejam praticamente eliminados em duas semanas apenas com a utilização de alguns xaropes, porém, o acompanhamento de um médico com exames laboratoriais é vital para o reestabelecimento da plena saúde do paciente.

É possível prevenir-se da gripe?

Sim, a prevenção é uma importante forma de se evitar problemas maiores com o Influenza A. O Ministério da Saúde apresenta algumas boas sugestões para que possamos evitar o vírus da gripe como evitar contato próximo com pessoas que apresentam sinais de gripe, sempre que possível, é importante manter os locais bem ventilados, evitar aglomerações e ambientes fechados, principalmente em períodos de transmissão da doença.

Além da prevenção com a mudança de atitudes, a vacinação é um elemento fundamental para o sucesso dessa luta. A vacinação é liberada e indicada a todas as pessoas, porém, os que se encontram no grupo de risco, ou seja, crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas precisam ter mais atenção com essa atitude. Como esse grupo possui o sistema imunológico ou não totalmente formado (caso das crianças) ou pouco frágil, pode ser que a gripe cause problemas ainda mais complexos, como bronquite, pneumonia, infecções bacterianas de segunda ordem, o que pode levar à internação e até a óbito.

Mitos e Verdades

Ao longo dos anos, inúmeras informações foram sendo transmitidas e, muitas acabavam vindo de fontes erradas e totalmente sem fundamentação científica. Por isso, é muito importante o acompanhamento médico para ter as informações corretas. Porém, para que você fique bastante informado, segue alguns mitos e verdades sobre a gripe.

Mito 1 – Resfriado pode virar gripe

Fato – Não. Como vimos anteriormente, resfriado e gripe são coisas diferentes porque vem de vírus distintos. Então, não tem como um resfriado se tornar uma gripe.

Mito 2 – A vacina contra a gripe pode causar gripe

Fato – Não. A vacina contra a gripe não causa gripe. Ela contém vírus inativados ou fragmentos de vírus que não podem causar a doença.

Mito 3 – Tomar friagem causa gripe

Fato – Não. Como vimos também, a gripe é causada por vírus e não a exposição a baixas temperaturas. O que pode acontecer é que, se você se expor a baixas temperaturas isso pode acarretar uma baixa no seu sistema imunológico, dando espaço assim, a entrada de vírus, como o da gripe.

Mito 4 – É bom usar antibióticos contra gripe

Fato – Não. Antibióticos são indicados contra infecções bacterianas e não virais.

Mito 5 – A vacina contra gripe previne 100%

Fato – Não. A vacina contra gripe não impede que você tenha o vírus, mas, ela reduz substancialmente as chances de infecção e o aumento da gravidade dos sintomas causados pelo vírus.

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