Cuidados redobrados dos laboratórios clínicos.

Recém-nascidos, crianças e adolescentes possuem características orgânicas particulares e específicas, que são diferentes dos adultos e requerem profissionais especializados, serviços diferenciados e uma atenção ainda maior por parte dos laboratórios clínicos.
Nos recém-nascidos, as funções hepática, pulmonar e renal ainda não estão maduras e isso faz com que o seu sangue tenha concentrações diferentes de sódio, potássio, cálcio e gases sanguíneos.
Na infância, diversas enzimas, como a amilase, a aspartato aminotransferase e a fosfatase alcalina, por exemplo, se comportam de maneira distinta ao longo do desenvolvimento da criança.
Com a chegada da puberdade, o sistema endócrino sofre mudanças profundas que alteram as concentrações hormonais, afetando os valores de referência e os testes laboratoriais, como o de creatinina e o de perfil lipídico.
Todas essas particularidades do desenvolvimento infantojuvenil trazem desafios e exigem conhecimento e preparo dos laboratórios clínicos.
De olho nos valores de referência
Há uma dificuldade operacional na construção dos intervalos de referência na pediatria devido à ausência de pacientes voluntários para a criação de intervalos de referência.
Por isso, são utilizados bancos de dados de laboratórios e instituições de saúde ou amostras de sangue direcionadas a outros exames, o que pode trazer inconsistência para o intervalo de referência gerado.
Outro desafio são os kits utilizados pelos laboratórios, que são alterados frequentemente pelos fabricantes, impactando nos valores de referência encontrados e, às vezes, invalidando os intervalos de referência gerados previamente.
Os laboratórios devem estar sempre em busca de intervalos de referência adequados, utilizando fontes como informativos do fabricante, livros, artigos ou construindo seus próprios intervalos de referência.
A importância da periodicidade das avaliações laboratoriais
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que bebês com um ano de idade passem pela triagem para anemia ferropriva.
Em casos de sintomas específicos, os exames diagnósticos dependem das queixas clínicas e das alterações encontradas no exame físico.
Por exemplo, quando há manchas na pele, fraqueza, febre e perda de peso, o profissional solicita exames de sangue para descartar uma leucemia ou quando há sintomas como dores nas pernas, sangramento, gânglios endurecidos pelo corpo, é necessária uma investigação para câncer infantil.
Indicação para painéis genéticos de câncer infantil
O objetivo do painel genético especializado em oncologia pediátrica, focado principalmente em síndromes que só se manifestam na infância, é detectar o câncer em estágio inicial e aumentar a sua taxa de cura.
A avaliação pode ser feita em crianças que tiveram câncer ou que estão em tratamento, para prevenir o surgimento de novos tumores, ou, nos casos hereditários, fazer um rastreamento dos familiares para descobrir se há alguma alteração genética transmitida de pais para filhos que pode aumentar o risco de desenvolver câncer ao longo da vida.
Atendimento especializado para o público infantojuvenil
O público infantojuvenil exige cuidados especiais, como um ambiente acolhedor, formas de coleta diferenciadas e profissionais capacitados para prestar um atendimento humanizado.
Um ambiente lúdico, colorido e iluminado, por exemplo, ajuda as crianças a ficarem mais relaxadas e menos estressadas na hora da coleta. Profissionais qualificados não só tecnicamente, mas que tenham empatia, paciência e estejam habituados com esses pacientes são de extrema importância para lidar com qualquer dificuldade que possa surgir no processo de coleta sem que isso gere traumas nas crianças ou amostras inadequadas.
A quantidade das amostras coletadas nesse público também é diferente dos adultos e seu volume é reduzido em 70%. No caso de bebês, a coleta para a triagem neonatal é feita em papel filtro (sangue capilar), de forma rotineira e sem dificuldades, diferentemente da punção venosa.
O Dra. Tânia Medicina Diagnóstica também oferece o serviço de pedidos de urgência, como no caso de pacientes oncológicos, que não passam pela área técnica e vão diretamente para os hospitais, evitando que as crianças tenham que ir até os hospitais, diminuindo os riscos de infecções e facilitando a vida da família. Os resultados são liberados mais rapidamente e os médicos são contatados em até quatro horas.